Lançamento da proposta de governança do Nodo POA

Bom dia!

Com muita felicidade que lançamos a primeira proposta de governança para o Nodo POA. Nessa fase estamos abrindo para contribuições, sugestões e opiniões da comunidade.

Ela foi construída por @janluctavares , @C.Arpino e @marinappdf , e está agora sendo aberta para que outros integrantes possam opinar, discutir e colaborar. Não é preciso fazer parte do Nodo POA para contribuir, quanto mais olhares, melhor! :hammer_and_wrench:

Siga as instruções abaixo para nos enviar as contribuições e nos encontramos no dia 10/11 para uma conversa.

Como colaborar :pencil2:

O documento pode ser acessado nesse link.

Comentários e sugestões podem ser publicadas como resposta a esse post, ou enviados por e-mail para marina.freitas[arroba]ufrgs.br.

Estaremos recebendo contribuições até o dia 25/11!

Quer colaborar com a revisão de texto, formatação ou produção visual?
Nos mande um e-mail e partcipe do nosso encontro aberto!

A versão editável e todas os recursos necessários estão disponíveis aqui.

Encontro Aberto! :earth_americas:

Dia 10/11 vamos fazer um web-encontro aberto para discutirmos o documento. Iniciaremos com uma breve apresentação sobre o que é o reGOSH e qual o lugar do Nodo POA nele. O encontro é também um momento para nos conhecermos melhor, então se você tem interesse na rede, chega junto. Mais detalhes serão publicados na sequência, mas já coloca na agenda:

Data: Terça-Feira, 10/11
Horário: 14h00
Local: Jitsi

Por que uma Governança? :thinking:

Governança pode ser vista como o conjunto de regras e acordos de um grupo. Organiza a forma como ele é governado, como as decisões são tomadas e como os recursos são gerenciados. No caso do Nodo POA, deseja-se que a governança seja uma estrutura que permita a continuidade dos trabalhos do Nodo sem depender, a longo prazo, de pessoas específicas; serve também para facilitar a participação e interação entre as diferentes comunidades que o compõem.
Essa proposta foi montada por três membros do grupo, mas é importante agora que passe pelo olhar sincero do restante do grupo para que possa, após esse processo, ser aplicada.

Essa proposta vale também para o reGOSH, ou para GOSH? :gosh:

Não, isso é uma iniciativa do Nodo POA. Cada Nodo tem autonomia para se organizar internamente, contanto que respeite os valores, obtivos e código de conduta compartilhados entre os Nodos.

Quero fazer parte da rede, o que devo fazer? :fist_right:t3: :fist_left:t3:

Se você trabalha com tecnologias livres, seja desenvolvendo, promovendo, ou usando, em qualquer região do Brasil, e quer se aproximar da rede reGOSH, o caminho é participar do Nodo POA. Apesar do Nodo representar os grupos de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, é ainda o único do Brasil. Por isso, estamos abertos para pessoas e grupos de todas as regiões do país! Participe do nosso encontro para que a gente possa se conehcer melhor!

Não pode participar do encontro mas quer se manter informade? Esse fórum é nosso canal de comunicação oficial, faça uma conta nele e clique no sino desenhado no canto superior direito aqui para receber as notificações do nodo POA e aqui para receber as notificações do reGOSH.

Gente, mais eu ainda não entendi o que é reGOSH, GOSH, Nodo . . . :dizzy_face:

Calma, tá tudo bem. Somos um movimento muito novo, então talvez você não tenha ouvido falar de nós. Informações mais detalhadas estão na própria proposta de governança, aqui, ou na nossa Wiki.

Grata pela atenção, nos vemos dia 10!

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“Boto fé demais”. Muito bom e gente boa organizando.
Vou divulgar entre gente próxima que possivelmente gostará de participar.

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Excelente! estarei me esforçando para participar e contribuir com esse projeto muito interessante!

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Ni! Sugestão: eu tenho receio de não especificar como decisões são tomadas. Há decisões das quais não dá para voltar atrás e onde não funciona esperar que as coisas se equilibrem com o tempo. Há também decisões que não admitem adiamento e onde as pessoas não se acordam. Sugeriria que ao menos nesses casos - isto é, se alguém considerar que é o caso - se adotasse, como faz o projeto Debian, um sistema de voto condorcet, por exemplo baseado no método Schultz. Organizado com tempo para constituir e discutir as alternativas, naturalmente.

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Registros do Encontro Nodo POA - 10/11

Início: 14h
Registros: Bruno Zanette
Facilitadora: Marina
Apoio: Cristthian, Jan Luc
Presentes: Marina (Flor), Bruno, Cristian, Oscar Luz, Renan, Douglas Esteves, Bráulio B Neves, Andre (f0rmiga), Ale, João Tratenberg, Jan.

Apresentações:

  • Bráulio com 25 anos de ativismo na área, professor da UFMG. Trabalha com ferramentas artefatuais das câmeras, entre eles uma câmera (tecnlogia livre) do estudio livre e cultura digital, foi também produtor de documentários. Seu avatar Gringo é Davi Thomas.
  • Oscar é estudante de arquiviologia e trabalha com Software livre, foi também colaborador do TecnoX.
  • Andre formiga, reside em Porto Alegre, desenvovledor e engenheiro de software, colaborou em projetos de software livre com a Mozilla, é também músico e já colaborou com o Mathackers.
  • Cris, de Sao Paulo, CTA desde 2016, faz parte do Lab Livre do ABC paulista, faz engenharia aeroespacial.
  • Douglas, interior de SP, trabalha na Unicamp, membro do Laboratório Hacker de Campinas ( LHC ), entrou em contato com o CTA no e-HAL (2016).
  • Bruno é estudante de engenharia física na UFRGS, colabora no CTA e trabalha em um projeto de detector de raios cósmicos e com a modelagem de artefatos, no grupo ERGANE; é integrante do Nodo POA.
  • Ale, membro do Garoa Hacker Clube em SP, já trabalhou com algumas coisas ligadas ao software livre, hoje está na França. Tem como meta interesse grupos de ciencia aberta.
  • Renan é membro do CTA desde 2016 entusiasta do mundo livre, estudante de engenharia física; é integrante do Nodo POA.
  • João é músico e cria instrumentos digitais que são componentes eletrônicos e sensores, mora em Recife e Florianópolis. Quer JUNTAR arte e tecnologias na educação.
  • Marina é engenheira física e colaboradora do CTA; é integrante do Nodo POA.
  • Jan Luc trabalha no Instituto de Física da UFRGS, é colaborador do CTA e integrante do Nodo POA.

Conversa

  • Foi explicado o que é o CTA/IF UFRGS brevemente. Mais informações em cta.if.ufrgs.br
  • Foi explicodo o que é o nodo POA, o reGOSH e GOSH; falou-se das relações entre os movimentos e da motivação do grupo e do documento da governância e seu conteúdo.
  • Foi comunicado que o canal de comunicação oficial do Nodo é o Fórum.
  • Foi comentado que o reGOSH já está organizando um evento de apresentações de projetos, o circuito reGOSH 2021, onde pode-se submeter propostas de projetos aqui.
  • Douglas comentou que quer construir uma placa de desenvolvimento usando tecnologias livres para galera ativista e pesquisadores também.
  • Douglas tem interesse em ajudar e acha que o intercâmbio entre grupos tem muitas vantagens para conectar pontes. Por fazer parte de hacker space ele quer levar essa cultura pelo o Brasil. Gostaria também de comaprtilhar sua experiência com startups na área.
    • Marina comentou que podemos, a partir dessa experiencia, criar material (vídeos, textos, mídias) sobre emprendedorismo e tecnologias livres.
  • Braulio queria criar um lab de comunicação comunitária e com ciencia aberta, fazendo pesquisa original, usando a escola como base para a pesquisa, orçamento doméstico, pesquisa sobre PANCS, criando redes de educação e saúde pública e agentes socios ambientais. Construir as redes públicas, todo cidadao deve ter direito a uma internet livre assim como tem direito ao escolha de time, religião. Também quer um lab sindical para ajudar os trabalhadores. Já teve conversas com professora de brasilia.
  • Bruno falou sobre o projeto ERGANE dos vasos gregos.
  • Surgiu a proposta de organizarmos encontros para conversar sobre os projetos e ideias, encontros com referências da área também.
  • Bráulio nos contou a história do Tropixel, movimento de artivista digitais, sobre o Estúdio Libre e o Espaço Tainã.
  • Conversamos sobre a necessidade de redes sociais federadas, sobre a compreensão da internet como serviõ público e de acesso universal, sobre repensar o apradigma de internet que vivemos, considerando que ele se baseia em uma lógica comercial.

Sobre a participação no Nodo POA

  • O Braulio quer desenvolver junto seu projeto e levar ele mais longe.
  • Oscar Luz propos participar do grupo de trabalho técnico. Sabe de ciência de informação relacionado a biblioteconomia.
  • Joao está se aproximando e se vê como um membro satelite e quer estruturar um projeto para educação remota para jovens de baixa renda, percebeu que o reGOSH é bastante voltado a hardware, o que combina com seu projeto.

Encaminhamentos

  • Foi proposto uma data para a próxima reunião aberta: dia 8 de Dezembro (Marina):
    • Data a ser confirmada
    • Pauta: finalização do documento de governança e próximos passos
  • Os novos nomes devem ser incluídos na wiki; o oscar deve ser oficialmente adicionado como membro do GT Técnico (Marina)

Links Compartilhados

Foto

Segue então uma foto do nosso encontro!

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Ni! Ótimo registro. Já que tocamos no assunto, se alguém quiser me encontrar nas redes sociais federadas, seja via protocolo Zot ou ActivityPub, meu canal é por aqui: Alexandre Hannud Abdo - aleabdo@hubzilla.com.br

Ah, faltou só o livro que compartilhei sobre métodos digitais de coleta e análise de dados sociais:

Tem uma parte sobre enquetes colaborativas (Wikisurveys) que pode ser útil na organização dos nodos da ReGOSH.

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Muito bacana o papo! galera nota 10.

Estamos evoluindo o projeto do nodeLHC! em breve tem novidades.

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Bom dia gente!

Quero fazer dois comentários importantes sobre nossa governança:

Primeiro, a nossa governança ainda está em aberto porque estamos, lentamente, discutindos métodos de votação para a tomada de decisões.
As responsáveis por isso são eu e o @janluctavares ; como não temos nenhuma urgência em relação a isso, não temos tido muita pressa. A partir de estudos informais feitos por nós e no embalo das discussões feitas aqui (no contexto das eleições do Comunnity Council do GOSH), decidimos na reunião do Núcleo de hoje que provavelmente vamos adotar a plataforma CIVS. Ainda não é uma decisão final, queremos entender mais sobre o tema porque gostamos de estudar sobre (na real, o Jan gosta, eu menos), mas você pode ver alguns dos motivos dessa decisão aqui.
Como não temos nenhuma eleição prevista no nodo, esses métodos serviriam para a tomada de decisões genéricas.

Quem tiver interesse em ajudar ou quer fazer algum comentário, pode falar com qualquer uma das duas, ou responder a esse tópico.

O segundo tópico é sobre “cooptação” de comunidades abertas. Ao estudarmos (a primeira pessoa do plural nesse post se refere a mim e ao Jan) sobre comunidades abertas e a importância de meodos de eleição mais seguros, nos deparamos com casos de comunidades que tem sido cooptadas por corporações/grupos privados que tem mais interesse em conduzir o desenvovlimento das tecnologias para seus interesses comerciais, do que em conduzir o desenvolvimento delas conforme as necesisdades, vontades e valores iniciais das comundiades. É o caso das comunidades do Open Street Maps e Python.

Bom, certamente esse não é nosso caso, não temos, nem está nos nossos planos futuros próximos ter, nenhuma tecnologia ou banco de dados que possa ser de interesse de alguma empresa transnacional etc. Nossos delírios de grandeza não chegam a tanto. Então não achamos que estamos correndo nenhum risco.

Masss, achamos que é uma boa oportunidade para fazermos o exercício intelectual de pensar soluções para dificultar e evitar essas situações. Por isso estamos também refletindo sobre como criar mecanismos para bloquear esse tipo de cooptação.

Já está evidente que nenhum método de eleição pode evitar isso. Na verdade, nenhum método de votação pode impedir que coisas ruins sejam decididas, isso tem muito mais relação com as dinâmicas dos grupos, do que com o método em si. Então o que podemo fazer?

Na reunião de hoje pensamos que uma solução para isso é colocar uma condição para as pessoas que podem assumir cargos de gestão e coordenação pelo Nodo, ou ainda, que podem participar do Núcleo.

O que temos pensado é uma “norma” de impedimento para pessoas com “conflito de interesse”, ou seja, pessoas que tenham vínculos empregatícios, ou similares, com corporações e instituições que possam ter interesse nos serviçoes/produtos/tecnologias/atividades promovidas pela nossa comunidade.

Bom, mas como definir isso de forma objetiva? Essa é nossa questão, e esse é o debate que queremos propor aqui. Sinta-se a vontade apra contribuir.

Por exemplo, podem ser vínculo com empresas que não tenham um compromisso explícitao com a promoção de código aberto. Mas pode-se argumentar que emrpesas com a Google, e a própria Microsoft, apoiam e tem projetos de código aberto. Então isso não é o suficiente.

Ou ainda, pode ser que a pessoa trabalhe em empresas de tecnologia que não estão envolvidos com código aberto, mas que também não ofecerem risco para a comunidade.

O vínculo também tem que ser mais o menos especificado, porque alguém pode ter um projeto que foi financiado por alguma organização, por exemplo, GAFAM, mas isso não significa que a pessoa responde nem representa essas organizações.

O vínculo tem mais relação com a pessoa poder ser considerada um representante, ou estar, de alguma forma, subordinada, respondendo e agindo em nome de . . . por exemplo, se tem renda baseada principalmente em projetos financiados pelos grandes oligopólios da internet, etc.

Outra questão, isso pode ser um problema para futuros patrocinios e editais para projetos tanto do Nodo, quanto pessoas envolvidas com ele.

Essa norma pode dificultar que pessoas que não estão no espaço acadêmico se envolvam com a comunidade, por que geralmente pessoas da área da tecnologia acabam tendo que trabalhar para emrpesas de tecnologias com práticas questionáveis, afinal de contas, as pessoas tem que pagar as contas.

De novo, não achamos que isso é um urgência para nossa comunidade, mas achamos interessante fazer esse exercício. Adoraria saber a opinião de vocês, bem como sugestões de textos, ou exemplos de outras comunidades.

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Olá olá!
Parece que saiu muito conteúdo dessa reunião :slight_smile:
O segundo tópico me parece interessante e podemos ver como posso colaborar. Vejo uma intensificação recente de “embrace, extend, extinguish” como estratégia de sufocar ou mesmo silenciar comunidades e projetos open source e livres.
Minha preocupação é em casos como membros da GAFAM patrocinando eventos e gerando desconforto quando alguma fala levanta críticas que atingem essas empresas. Ou mesmo infiltrando membros em posições estratégicas.
Mas claro, concordo com vocês, existe uma realidade que temos que considerar como no caso de pessoas trabalhando para oligopólios. Essas zonas cinzentas ou pegadinhas são ainda um dos nós que temos que resolver.
Não entendo a parte que fala da dificuldade de patrocínio e editais. Quer dizer que dificulta ou ajuda ter alguém com relações com big tech?

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Quis dizer que pode ser um impedimento para recebermos fundos (para promover eventos e projetos) dessas empresas.

Por que isso é um problema, mas por vezes pode ser necessário para que um evento ocorra. Preferível que não, masn né, as vezes é o que tem disponível, etc.

Para somar com o caso, o OSI teve problemas com as eleições esse ano: Open Source Initiative board election results scrapped after security hole found, exploited to rig outcome • The Register

Opa pessoal, eu tô quase quase entregando a dissertação, agora minha meta eh interar e tentar contribuir com as coisas do GOSH

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Legal, entra em contato com a gente do nodo BR para colaborarmos juntos!

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