Bom dia gente!
Quero fazer dois comentários importantes sobre nossa governança:
Primeiro, a nossa governança ainda está em aberto porque estamos, lentamente, discutindos métodos de votação para a tomada de decisões.
As responsáveis por isso são eu e o @janluctavares ; como não temos nenhuma urgência em relação a isso, não temos tido muita pressa. A partir de estudos informais feitos por nós e no embalo das discussões feitas aqui (no contexto das eleições do Comunnity Council do GOSH), decidimos na reunião do Núcleo de hoje que provavelmente vamos adotar a plataforma CIVS. Ainda não é uma decisão final, queremos entender mais sobre o tema porque gostamos de estudar sobre (na real, o Jan gosta, eu menos), mas você pode ver alguns dos motivos dessa decisão aqui.
Como não temos nenhuma eleição prevista no nodo, esses métodos serviriam para a tomada de decisões genéricas.
Quem tiver interesse em ajudar ou quer fazer algum comentário, pode falar com qualquer uma das duas, ou responder a esse tópico.
O segundo tópico é sobre “cooptação” de comunidades abertas. Ao estudarmos (a primeira pessoa do plural nesse post se refere a mim e ao Jan) sobre comunidades abertas e a importância de meodos de eleição mais seguros, nos deparamos com casos de comunidades que tem sido cooptadas por corporações/grupos privados que tem mais interesse em conduzir o desenvovlimento das tecnologias para seus interesses comerciais, do que em conduzir o desenvolvimento delas conforme as necesisdades, vontades e valores iniciais das comundiades. É o caso das comunidades do Open Street Maps e Python.
Bom, certamente esse não é nosso caso, não temos, nem está nos nossos planos futuros próximos ter, nenhuma tecnologia ou banco de dados que possa ser de interesse de alguma empresa transnacional etc. Nossos delírios de grandeza não chegam a tanto. Então não achamos que estamos correndo nenhum risco.
Masss, achamos que é uma boa oportunidade para fazermos o exercício intelectual de pensar soluções para dificultar e evitar essas situações. Por isso estamos também refletindo sobre como criar mecanismos para bloquear esse tipo de cooptação.
Já está evidente que nenhum método de eleição pode evitar isso. Na verdade, nenhum método de votação pode impedir que coisas ruins sejam decididas, isso tem muito mais relação com as dinâmicas dos grupos, do que com o método em si. Então o que podemo fazer?
Na reunião de hoje pensamos que uma solução para isso é colocar uma condição para as pessoas que podem assumir cargos de gestão e coordenação pelo Nodo, ou ainda, que podem participar do Núcleo.
O que temos pensado é uma “norma” de impedimento para pessoas com “conflito de interesse”, ou seja, pessoas que tenham vínculos empregatícios, ou similares, com corporações e instituições que possam ter interesse nos serviçoes/produtos/tecnologias/atividades promovidas pela nossa comunidade.
Bom, mas como definir isso de forma objetiva? Essa é nossa questão, e esse é o debate que queremos propor aqui. Sinta-se a vontade apra contribuir.
Por exemplo, podem ser vínculo com empresas que não tenham um compromisso explícitao com a promoção de código aberto. Mas pode-se argumentar que emrpesas com a Google, e a própria Microsoft, apoiam e tem projetos de código aberto. Então isso não é o suficiente.
Ou ainda, pode ser que a pessoa trabalhe em empresas de tecnologia que não estão envolvidos com código aberto, mas que também não ofecerem risco para a comunidade.
O vínculo também tem que ser mais o menos especificado, porque alguém pode ter um projeto que foi financiado por alguma organização, por exemplo, GAFAM, mas isso não significa que a pessoa responde nem representa essas organizações.
O vínculo tem mais relação com a pessoa poder ser considerada um representante, ou estar, de alguma forma, subordinada, respondendo e agindo em nome de . . . por exemplo, se tem renda baseada principalmente em projetos financiados pelos grandes oligopólios da internet, etc.
Outra questão, isso pode ser um problema para futuros patrocinios e editais para projetos tanto do Nodo, quanto pessoas envolvidas com ele.
Essa norma pode dificultar que pessoas que não estão no espaço acadêmico se envolvam com a comunidade, por que geralmente pessoas da área da tecnologia acabam tendo que trabalhar para emrpesas de tecnologias com práticas questionáveis, afinal de contas, as pessoas tem que pagar as contas.
De novo, não achamos que isso é um urgência para nossa comunidade, mas achamos interessante fazer esse exercício. Adoraria saber a opinião de vocês, bem como sugestões de textos, ou exemplos de outras comunidades.